Data da Publicação: 26/08/2018
No mês de março de 2018, a primeira turma do Programa de Pós-Graduação do Ensino de Ciências da natureza, cursou a disciplina intitulada Introdução a “História e Filosofia da Ciência”, ministrada pelo Prof. Dr. Fernando Bilhalva Vitória, onde foram discutidos o papel social da ciência, a influência desta na sociedade e os impactos que esta pode causar.
Mediados por leituras e diálogos, os mestrandos tiveram a oportunidade de discutir os impactos científicos a serviço do capital na sociedade e, sobretudo, na natureza, cujo enfoque se dá mais na quantidade de benefícios financeiros que as pesquisas oferecem, do que na qualidade que esses estudos podem propiciar em relação ao bem estar coletivo – humano e ambiental.
O Prof. Fernando conduziu a discussão ao entendimento de que esta forma de fazer
ciência necessita de uma nova abordagem. O que gerou discussões em torno da falsa imparcialidade do pesquisador frente ao fazer científico, pois há elementos que precisam ser considerados como o histórico, o social, o político e o econômico.
A ocasião também foi propícia à abordagem do cientificismo, em que se discutiram o fato deste estar preso, de certa forma, a um modelo, a um método, como verdade absoluta, como única maneira de compreender o mundo, ignorando um enorme conjunto de outros fatos. Algo muito similar parece ser o que chamam de reducionismo, isto é, reduz os fenômenos – ou a compreensão dos fenômenos – apenas aquilo que é apreensível por seu modelo ou método, ignorando aspectos importantes, negando a existência de diferentes formas de fazer ciência.
Para encerrar a disciplina, os mestrandos realizaram a leitura sugerida pelo professor, do livro “O grau zero do conhecimento: o problema da fundamentação das ciências Humanas” de Ivan Domingues, que traz discussões históricas e filosóficas em torno da problemática “o que é o homem?”. Esta leitura provocou a reflexão do fazer ciência na atualidade, seja para transformar ou permanecer nas condições que são dadas ou postas a nós.
Autoras: Alaísie F. P. Freitas e Jeieli L. da S. Oliveira
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