Senta que aí vem história 2..... conhecendo a Turma PGECN 2018

Data da Publicação: 19/02/2019


Sempre sendo avaliada

Olilian Batista de Lima Beker de Oliveira

 

Meu nome é Olilian Batista de Lima Beker de Oliveira, tenho 34 anos, sou a filha mais velha de Francisco e Olívia, irmã de Oliliane e Fábio, tia das gêmeas Isabela e Júlia, nascida em Porto Velho – RO.

Não tive dificuldades para minha escolarização, meus pais, apesar muito jovens, sempre foram preocupados, e rígidos, exigiam boas notas e retorno positivo. Comecei a estudar aos 3 anos de idade, fiz pré-escola e uma classe de alfabetização com a tia Bernadete, a escola onde eu estudava chamava-se “Educandário Gente Inteligente”, que nome sugestivo! Na 3ª e 4ª séries estudei na “Escola Carmela Dutra”, entre as escolas públicas esta era a melhor, confesso que sair da minha escolinha e ir para uma escolona foi libertador. Lá eu brincava muito, tinhas longos recreios e um grande gramado para correr livremente. Na 7ª série, ao final do 1º bimestre, minha família mudou-se para Rio Branco – AC, estudei em uma escola administrada por freiras e com uma grade de disciplinas diferenciada da que eu estudava, foi um sofrimento, pela primeira fiquei de recuperação e exames, e quase reprovei. No ano seguinte voltamos para Porto Velho e encerrei o ensino fundamental na escola pública. Para ingresso no ensino médio fiz exames em duas instituições, na escola militar e na escola Carmela Dutra (para o magistério), passei nos dois, porém minha mãe decidiu que eu deveria estudar no Carmela Dutra, assim teria oportunidade de emprego ao término dos estudos, era assim que há tão pouco tempo era tratado o ensino médio, término.

Sempre fui bolsista, tinha que fazer testes e ser aprovada com aproveitamento excelente para garantir a vaga, assim foi também com meus irmãos. Quando não fazíamos testes meus pais tinham que provar a necessidade de nos manter nas instituições ou então faziam enormes esforços para quitar o valor simbólico estipulado.

Quando foi hora de terminar, eu decidi começar. No mesmo ano que terminei o ensino médio prestei o temido vestibular. Passei! Concomitante a faculdade veio à necessidade de trabalhar, e assim acontecia, saia do trabalho às 18 horas e entrava na faculdade às 19 horas. Foi aí que aprendi a pedir carona, terminar de ler livros e perceber que não entendei nada, mas não posso negar, o balanço foi positivo, foi dentro da sala de aula que conheci o amor, tudo começou na aula da professora Flavine. Casei com um colega de sala, Anderson Beker. Precisávamos construir nossos sonhos em comum, dediquei 10 anos a isso.

Uma amiga especial surge na história, Silmar Oliveira, ela me olhou com toda sua doçura e plantou em meu coração o desejo de cursar o mestrado, porém com casa, marido, ainda que não tenhamos filhos, trabalho, igreja, família, sempre achei inviável ir à Porto Velho para estudar. Quando apareceu a chance aqui na cidade, outra alma boa me parou no corredor da igreja e disse: você já se inscreveu para o mestrado? Respondi: Não, eu não tenho menor chance! E dessa vez Andreia Valenga me fez acreditar que eu podia sim. Silmar me ajudou na inscrição e depois Andreia me salvou com o PDF do livro que ninguém parecia ter. Imediatamente agendei minhas férias, li os livros, artigos, fiz resenhas, resumos e quando vi meu nome na lista de classificados foi uma emoção surreal, passei, na 7ª vaga, mas passei.

Agora mais do quê nunca sei que é só o começo.

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