Senta que aí vem história 7..... conhecendo a Turma PGECN 2018

Data da Publicação: 24/02/2019


 

FERNANDA DOS PASSOS

 

No meio do caminho de Dante tinha uma selva escura...

No meio do caminho de Carlos tinha uma pedra...

E no meio do caminho de Tom tinha um rio!

Ana Maria Machado em “Abrindo caminho”

No meio do meu 2018 teve um gato preto que atropelei de moto e me fez fraturar o pé... (só para constar: o gato passa bem. Uma vida a menos, quem sabe). Foi um período que chamo tempo de Deus: Tempo de dor, de dependência... de repensar as preciosidades dos detalhes.. de conversar mais com Deus.. e de repente... de estudar para um Mestrado com todo apoio da minha família e amigos! Não sabia o que era dia e o que era noite.. e nem podia me dedicar àqueles que me ajudavam tanto... Seria minha terceira tentativa desde formada em 2011 e a segunda tentativa neste Programa, os quais todos exigiram muito de mim...

 Era pau, era pedra, era o fim do caminho?

 Meu nome é Fernanda dos Passos, 37 anos, casada há 3 anos e meio, ainda não tenho filhos. Entretanto, tenho os que considero “os meus 6 meninos do coração” (o que é uma outra história!!!). Sou filha de Sebastião, aposentado, tocador/instrutor de violão e Maria do Rosário, a professora mais “antiga” da Creche Menino Jesus. Tenho 3 irmãos, sendo duas irmãs casadas e o irmão mais novo, solteiro e lindo (Vou querer um açaí na tigela G depois disso). Nasci em Campinas/ SP e cresci em Rolim de Moura desde os 03 anos de idade, pois meus pais mudaram-se para Rondônia em busca de melhoria de vida... lutaram com esforços desmedidos pelo que eles têm hoje... Construíram a vida aqui. “Formaram” os 4 filhos! Todos passaram em concursos públicos, graduados, sendo somente o caçula a concluir.

Tive uma infância de quintal... é aí que entra também meu apreço por Manoel de Barros a quem darei maior destaque na próxima oportunidade... “Meu quintal é maior do que o mundo”. Brincava de “fazendas de formigas”, nas árvores, banho de chuva e no “Rio Anta”. Era uma criança tímida... medrosa... lenta.. feliz (ainda sou... um pouco criança.. um pouco medrosa, lenta e feliz).

Cursei um ano de Pré, o Ensino Fundamental e médio nas escolas públicas... com a mesma realidade e dificuldades de muitos. E fico a pensar como era ser professor/ professora naquele tempo... Precisei ser professora para refletir sobre isso...! Meu respeito e gratidão à todos esses docentes!

As vezes penso que sempre fui uma aluna dentro da média, nada mais. Pois média era algo que importava muito. Ainda mais para a minha irmã mais velha!!! Que cumpria muito bem esse papel. Hoje compreendo sua boa intenção e sou grata por isso.

 

No meio do caminho de Dante teve uma estrada...

No meio do caminho de Carlos teve um túnel..

No meio do caminho de Tom teve uma ponte..

 

Trabalho desde os 11 anos de idade, registrada desde os 15, totalizando 21 anos de contribuição com muito orgulho e suor. Era concursada na prefeitura quando passei no vestibular que tentei umas 4 vezes...!!! Iniciei Pedagogia, a princípio, por que não haviam muitas alternativas, precisava estudar e continuar a trabalhar. E o primeiro dia de aula na UNIR foi inesquecível! Somente ao cursar Pedagogia que comecei a desmanchar em mim tudo o que era sentimento de incapacidade acadêmica, foi um curso para me graduar, para compreender as lacunas que ficaram em branco em minha vida escolar, para me enxergar como sujeito.  Cada professor que passou por mim durante a graduação e, depois, na Especialização em Docência na Educação Infantil (UNIR), deixou impresso um pouco de seus saberes e o anseio em seguir a diante... Principalmente meu eterno “Malvado favorito”, Orestes Ziviere Neto...

 

No meio do caminho de Cris teve um oceano...

No meio do caminho de Marco tinha inimigo e deserto...

E tinha muito lonjura no caminho de Alberto...

Embora continuasse uma aluna dentro da média na graduação, penso que quando passei no concurso para Pedagoga na Educação Infantil pelo Município de Rolim de Moura, tentei fazer o que podia para que provasse à mim mesma que eu aprendi muito mais do que minhas notas diziam e como professora, tentei com que as crianças (alunos) e famílias não tivessem que ter como (futura) maior preocupação, a média, mas a busca pelo conhecimento! Ao menos tentei! E aqui registro a minha satisfação por cada criança que me fez saber sobre “as dores e as delícias de ser professora na Educação Infantil”: Turmas 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016. Pois, meu interesse pela pesquisa surgiu principalmente em meio à docência... Eu queria provar do “chão da sala” para depois chegar aqui! Depois precisei e quis provar também um pouco da experiência de ser coordenadora pedagógica, orientadora escolar e no momento, estou em setor administrativo, a princípio em razão de restrições médicas.

 

Era pau, era pedra, era o fim do caminho?

 

Só sei dizer que uma das maiores emoções da minha vida foram minha formatura de Pedagogia, em seguida, o casamento. Agora terei esta outra realização bem desafiadora, o Mestrado, fruto de muitas renúncias e dedicação! No qual será uma grande conquista que quero escrever na minha história e desde já ofereço aos que amo! Ao meu amado esposo, pais, irmãos, sogros, demais familiares, amigos, aos meus professores da Educação Básica, do Ensino Superior e às crianças, a razão da minha formação.

 

Não há distância para os pássaros, nem para quem cisme em ousar

Alberto pôs na cabeça que queria voar. Voou! Dirigiu seu voou! Era isso o avião!

Depois disso a lonjura não atrapalhou mais não...

 

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