Senta que aí vem história 11..... conhecendo a Turma PGECN 2018

Data da Publicação: 28/02/2019


Dossiê: uma pequena coleção das minhas memórias...

Meire de Fatima Bressianini Fernandes

 

Todo jardim começa com um sonho de amor. Antes que árvore seja plantada ou qualquer lago seja construído, é preciso que as árvores e os lagos tenham nascidos dentro da alma. Quem não tem jardins por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles... (Rubem Alves) Com este excerto de Rubem Alves, o jardim como uma metáfora da vida, do processo que percorremos como colecionadores de sonhos e memórias, intento socializar de maneira breve, vou tentar, mas não garanto (riso) algumas das minhas mais importantes coleções de memórias, ora como jardim, receptível as sementes, a água, ao sol, as mãos do jardineiro do universo, ora como alguém que tem a tarefa e a responsabilidade em cultivar e zelar das sementes e regas as flores que vida me trouxe.

Nasci em uma pequena cidade no interior do estado do Paraná, Assis chateaubriand, no ano de 1976, filha de pais agricultores, somos em três filhos, sendo eu a mais velha. Aos 7 anos de idade ingressei à vida escolar, neste momento morávamos em Cascavel-PR. Meus pais sempre tiveram a consciências sobre a importâncias da educação para a vida de seus filhos, para que tivéssemos oportunidades que eles não tiveram. Incentivam a leitura, eram participantes na vida escolar dos filhos, principalmente minha mãe, que sempre nos surpreendia com visitinhas não agendada a escola (riso).

No ano de 1983 nos mudamos para Rondônia, sempre estudei em escola pública, os primeiros anos do ensino fundamental em classes multisseriadas, fazia um trajeto de 8 km ida e volta até a escola. Os anos finais do ensino fundamental foram concluídos em cidadezinha (Estrela de Rondônia) perto de Presidente Médici. Casei aos 16 anos, cultura da época, principalmente no sítio as meninas casavam muito cedo, mas agradeço a Deus por esta preparação na minha vida, meu esposo sempre me apoio, incentivou para que continuasse a estudar. T

ive a grata oportunidade de florescer o jardim da minha existência com três filhos, genro, nora, que permitiram perfumar ainda mais este jardim com três lindas florzinhas (netos). Entre as coleções das minhas memórias, que tenho muita alegria e gratidão em lembrar, diz respeito as oportunidades de formação acadêmica, fiz o magistério (ensino médio profissionalizante à docência), em 1997 fiz o concurso público-SEDUC para professora, iniciando assim a minha trajetória profissional. No ano de 1998 fui aprovado no vestibular da Universidade Federal de Rondônia- Unir, para o curso de Pedagogia, um período único, várias e lindas descobertas, que permitiram o meu (re) inventar de maneira profissional, mais principalmente pessoal - um DevirMeire, olha a ousadia! (Riso).

Neste período, tive a oportunidade de conviver e vivenciar experiências com brilhantes e fascinantes professores, que até hoje tenho como referência para a minha vida, amigos de turma que estabelecemos lindas e produtivas parcerias. No período da graduação, nasce o sonho pelo mestrado, os professores que tínhamos contato, compartilhavam suas experiências quanto pesquisadores.

Cada experiência contada, alimentava ainda mais a semente do desejo e potencializava a esperança. Entretanto, a semente não se tornou árvore tão rapidamente quanto esperava e desejava, mas outras oportunidades recebi de Deus, fiz pós-graduação em Gestão Escolar, Alfabetização. Em 2013 a vida me reservou um novo desafio profissional, fui convidada a atuar na sala de Atendimento Educacional Especializado-AEE/LIBRAS no CER (mas já atuava na instituição desde 1999). É agora como lidar com este desafio? Emerge a necessidade de estar se capacitando na área da educação de surdos.

Assim aconteceu, fiz pós em Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e uma outra em Tradução e Interpretação da Libras. Em 2014 tive a grata oportunidade de começar a atuar na Farol com a disciplina de Libras. Mas e o mestrado? O sonho permaneceu, a sementinha continuava ali adormecida, quase igual a semente da tamareira, que leva anos, anos para germinar, mas está sendo cuidada e desejada. Até que, um belo dia que aconteceu a aquela que parecia ser a chance, uma notícia maravilhosa, quase deu pulos de alegria, mas me contive, as pessoas poderiam interpretar mal tão tal atitude (riso), fiquei sabendo que havia saído o edital para o processo seletivo do mestrado do ano de 2017, fiquei muito empolgada, agora vai acontecer! Pensei. Não aconteceu, passei na prova, mas o projeto não passou. Mas não desisti, procurei entender o que tinha dado errado no projeto, estudar mais, busquei ajuda, muitas ajuda por sinal.

Finalizando, este dossiê que deveria ter sido breve (riso), ontem quando tive em minhas mãos o atestado de matrícula, controlei um pouco, só um pouquinho, mas depois chorei, meu peito ardia com um misto de sentimentos que invadiu o meu coração, o meu ser, a minha alma, então lembrei ”todo jardim começa com um sonho de amor. Antes que árvore seja plantada ou qualquer lago seja construído, é preciso que as árvores e os lagos tenham nascidos dentro da alma.” Assim começou o sonho

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